29 de dezembro de 2017

AO ESPELHO COM A NANÁ


A minha gata costuma aproveitar-se do meu colo durante o inverno, ignorando-me com altivez quando fica calor. Nestes dias mais frios, é certo e sabido: quando me sento, lá vem ela. E eu deixo, claro. Como resistir-lhe? Enroscada sobre as minhas pernas, ronrona deliciada enquanto me autoriza a fazer-lhe festas. Hoje, entre um afago e outro, vi-a tão sossegada que resolvi tentar um retrato. Pedi que me trouxessem um espelho e mo colocassem em frente. Desta vez usei primeiro o lápis — e ainda bem, pois tive de apagar várias vezes. Mas lá acabou por sair, com a roupa amarrotada, a caneta na mão inversa e a Naná a servir de secretária:


E aqui fica o registo do momento em fotografia, com dentes incluídos, na qual se pode ver...

27 de dezembro de 2017

FRÉSIAS SOBRE OCRE


Cá continuo na minha senda botânico-floral. Desta vez, frésias, frágeis e delicadas, sobre fundo manchado amarelo-ocre:


O processo, lento e agradavelmente calmante, foi como fazer renda com a caneta:


7 de dezembro de 2017

TRÊS JACINTOS


Continuo com as minhas experimentações (deliciadas) no desenho botânico. Desta vez, jacintos — bolbosos e carnudos, também sobre fundo liso, monocromático. O papel, igualmente grosso e texturado. E dezenas de pequenas flores, frágeis e vibráteis, recortadas sobre o verde:


Não, este não é um "sketch" dos que costumo fazer. Muito menos daqueles de alegados 15 minutos. E também não tem nada de "urban". Mas estou a adorar. Aqui me vêem, pontinho a pontinho, a avançar laboriosamente nas caprichosas formas vegetais:


5 de dezembro de 2017

LILIUM SOBRE AZUL


"Lilium", nome científico do lírio, uma das mais belas flores de entre as flores mais belas. Aqui, tentei desenhá-lo com traço clássico, como nas ilustrações botânicas do século XIX, com pontilhados e sombreados. E tentei que o tratamento da cor, manchada, apenas no cenário, lhe desse algo de inacabado: